17.6.12

talento e modestia

Eu tenho duas coisas enormes: talento e modéstia.

Em verdade, essa frase (irônica) sobre ter talento e modéstia foi dita por Paritosh Keval, no seu livro O Evangelho de Edson Marques. E eu gosto de repeti-la como se fosse minha — e a mim se referisse. Porém, é claro, refere-se a ele. Paritosh Keval é para mim o que Louis Lambert foi para Balzac, mas com um diferencial significativo: enquanto Balzac fez com que Lambert o seguisse, no meu caso é Paritosh quem me guia. Desde que chegou da India, em 1984, esse mestre tântrico louco tem me levado a lugares impensáveis. Foi com ele que aprendi a saltar profundo... Foi com ele que eu aprendi a ser mais humano, mais delicado, mais inocente — e mais alegre. Paritosh é tão bom para mim, e me trata de uma forma tão pura, que sou tentado a tratá-lo como a um anjo. Meu anjo da guarda. Ele cuida de mim. Quando não posso ligar para minha Mãe, é ele quem liga em meu lugar. E minha Mãe o adora e ama como a um filho predileto. Em janeiro, ele passou vinte e sete dias ao lado dela. Amando-a — pois ela é sua única Mãe.